Yellowjackets: Conheça histórias reais que inspiraram nova série disponível na Netflix
Recentemente adicionada ao catálogo da Netflix, a primeira temporada da série de drama Yellowjackets apresenta a história de um grupo de sobreviventes de um time de futebol feminino após a queda de um avião em meio a uma remota floresta.
Enfrentando inúmeras dificuldades, “as garotas fazem de tudo para sobreviver”, conforme sugere a sinopse. Com a trama desenvolta entre o futuro e o passado, as garotas, isoladas por mais de um ano, tiveram que tomar medidas extremas. Dentre elas, o canibalismo.
Embora a história retratada seja ficcional, dois eventos marcados por canibalismo foram usados como inspiração para a trama, de acordo com os criadores Ashley Lyle e Bart Nickerson.
Confira o evento Caravana Donner
Ocorrido entre os anos 1846 e 1847, o primeiro evento que inspirou os criadores foi o Caravana Donner. Na ocasião, um grupo de pioneiros do meio-oeste dos Estados Unidos ficou preso em meio a uma nevasca na cordilheira Serra Nevada.
De acordo com relatos publicados em jornais da época, os cerca de 40 sobreviventes da caravana, que inicialmente contava com 87 pessoas, tiveram que recorrer à prática do canibalismo para se manterem vivos durante os períodos de fome.
Veja a segunda inspiração para Yellowjackets
Evento mais recente, a segunda inspiração é ainda mais próxima da série e tem como base um acidente aéreo ocorrido com um time de rúgbi do Uruguai, no ano de 1972. Na ocasião, o grupo estava a caminho do Chile quando o avião caiu na Cordilheira dos Andes.
Dos 45 passageiros, 16 morreram na queda, e outros 11 por conta das extremas condições climáticas de frio, além da fome. A prática do canibalismo, por sua vez, foi confirmada pelos passageiros sobreviventes.
Roberto Canessa, presente no acidente, relatou em um trecho de seu livro de memórias: “A gente pensou se não estávamos enlouquecendo apenas por contemplar algo assim. Havíamos nos tornado selvagens? Ou aquela era a única coisa a se fazer? Estávamos realmente empurrando os limites do nosso medo”.
Imagem: Reprodução/Netflix