Ubisoft pode ser vendida? Entenda
A Ubisoft, uma das gigantes do setor de jogos eletrônicos, enfrenta um período de turbulência. Em 2024, a empresa passou por uma série de desafios que afetaram seu desempenho, incluindo fechamentos de estúdios, vendas abaixo do esperado para alguns jogos e o adiamento de títulos importantes como Assassin’s Creed Shadows. Diante dessa situação, os acionistas estão avaliando novas estratégias para a companhia, com uma possível venda sendo colocada em pauta.
A relevância da Ubisoft no mercado é indiscutível. Fundada pela família Guillemot, a empresa esteve no centro de algumas das mais memoráveis experiências de jogo das últimas décadas. Contudo, a crise atual levou a uma queda significativa no valor de suas ações, atingindo o nível mais baixo dos últimos dez anos. Nesse contexto, o interesse de empresas como a Tencent em adquirir uma participação maior na Ubisoft pode representar uma saída atrativa.
Quais são as opções para a Ubisoft?
Os acionistas da Ubisoft parecem inclinados a encontrar uma solução que permita a continuação da liderança da família Guillemot. Isso levanta a questão: como equilibrar a operação da empresa sob a gestão atual com a necessidade de atrair novos investidores? A Tencent, que já possui cerca de 10% das ações, surge como a principal candidata para uma maior participação, embora quaisquer decisões precisarão alinhar as expectativas das partes envolvidas.
No entanto, a Tencent, uma gigante das comunicações da China, está interessada em ter mais influência na gestão da Ubisoft, algo que a família Guillemot reluta em conceder. Este conflito latente entre o desejo de maior controle acionário e a preservação do controle pela família levantam questões essenciais sobre o futuro da gestão da empresa.
A aquisição hostil é um risco constante em mercados competitivos, onde o controle da empresa pode ser passado adiante sem o consentimento dos seus líderes atuais. A Tencent, ao buscar maior controle, também visa evitar que outra entidade tome essa postura agressiva. Em 2017, a família Guillemot já travou uma batalha semelhante contra a Vivendi, decidida a manter o controle estratégico da Ubisoft.