Microsoft finaliza compra da Activision Blizzard; entenda quais são as consequências

Após mais de um ano e meio em negociação, na última sexta-feira (13), a Microsoft finalizou oficialmente a compra da Activision Blizzard. Considerando a atual cotação da moeda estadunidense, a transação de US$ 68,7 bilhões — cerca de R$ 346 bi — representa o maior negócio já realizado na indústria de games.

Com isso, a fabricante do Xbox Series X e Xbox Series S agora detém direitos sobre alguns dos jogos mais populares no cenário. São eles as franquias como Call of Duty, Overwatch 2, Diablo 4, Guitar Hero, Crash Bandicoot, Candy Crush Saga, entre outras. 

Além dos jogos, os estúdios da empresa também integram essa lista. Por sua vez, são: Infinity Ward, Raven Software, Sledgehammer Games, Treyarch, Toys for Bob, Beenox, High Moon Studios e a divisão mobile da King — responsável pelo fenômeno Candy Crush.

Chefe do Xbox comenta aquisição bilionária

Phil Spencer, chefe do Xbox, comentou por meio de um post no Xbox Wire sobre a mais recente aquisição. De acordo com ele, a promessa de “levar alegria e a comunidade dos jogos a mais pessoas” continua.

“Faremos isso em uma cultura que se esforça para capacitar todos a fazerem seu melhor trabalho, onde todas as pessoas são bem-vindas e que se baseia em nosso compromisso contínuo com o slogan ‘Jogos para Todos'”, concluiu Spencer. 

O que é o CMA e por que foi um empecilho na transação da Activision Blizzard?

Embora os valores justifiquem a demora na transação entre Microsoft e Activision Blizzard, o maior obstáculo foi o CMA — Autoridade de Competição e Mercado do Reino Unido. 

Com preocupações de que a aquisição poderia dar uma desvantagem excessiva para a empresa no mercado de jogos na nuvem, coube à Microsoft ceder permanentemente os direitos de jogos de títulos já existentes na nuvem para a Ubisoft. 

Para receber aval da Comissão Europeia houve algo similar. Na ocasião, cedeu os direitos dos games na nuvem por dez anos para rivais como GeForce Now. Nos Estados Unidos, a Microsoft também precisou oferecer garantias de que não pretendia tornar séries como Call of Duty exclusivas. 

Nesse caso, firmou o compromisso de manter, por dez anos, os lançamentos dos games da franquia nos consoles PlayStation 4 e PlayStation 5, da Sony, além do Nintendo Switch.

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Imagem: Reprodução/Activision Blizzard