Jornalista foi ao Procon para denunciar possíveis irregularidades no aumento de preços do Game Pass

Recentemente, os aumentos nos preços das assinaturas do Xbox Game Pass vêm provocando polêmica, especialmente no Brasil, onde o plano Ultimate teve seu valor praticamente dobrado, passando de R$ 59,90 para R$ 119,90. Essa elevação de 100% pegou muitos consumidores de surpresa e gerou dúvidas sobre o custo-benefício do serviço.

O jornalista PH, do canal TVPH, investigou o caso e consultou um advogado especializado em Direito do Consumidor, que apontou a possibilidade do reajuste configurar uma prática de “venda casada”. Isso porque a Microsoft passou a oferecer o plano Ultimate junto com serviços adicionais obrigatórios, como o Clube Fortnite e Ubisoft+, sem a opção de adquiri-los separadamente. Segundo o Código de Defesa do Consumidor (CDC), essa prática é proibida, pois limita o direito de escolha do consumidor.

O jornalista também revelou que acionou o Procon de São Paulo para que o órgão analise a situação e investigue eventuais irregularidades. A repercussão foi imediata, e muitos outros assinantes manifestaram a intenção de registrar reclamações em seus estados, exigindo transparência da Microsoft sobre os novos valores e pacotes.

Usuários do Xbox Game Pass reclamam de outros pontos além do aumento de preços

Além das críticas ao aumento dos preços, os usuários também apontaram a perda de descontos diretos em jogos e conteúdos adicionais. A Microsoft confirmou que, em vez de descontos, os assinantes Ultimate e Premium receberão pontos reajustados no programa Xbox Rewards, porém essa alteração desagradou parte dos consumidores.

Outro ponto de insatisfação foi a ausência, para os assinantes brasileiros, das melhorias no Xbox Cloud Gaming, como resolução 1440p e menor tempo de espera, que ficam restritas a outros mercados. Essa limitação reforçou as críticas ao serviço na região.

Apesar do aumento e das mudanças, a Microsoft alega que a medida foi necessária para manter a sustentabilidade do Xbox Game Pass, ampliar o catálogo e melhorar os benefícios aos assinantes, com parcerias de peso como Ubisoft e Epic Games, além da melhora da integração entre consoles, PC e nuvem.

O futuro imediato do serviço no Brasil ainda depende da pressão dos consumidores, que buscam maior transparência, condições justas e opções mais flexíveis. Resta acompanhar se o órgão de defesa do consumidor intervirá e se a Microsoft revisará suas políticas diante da mobilização popular.

Enquanto isso, o Xbox Game Pass segue com três planos principais: Essential (R$ 43,90), Premium (R$ 59,90) e Ultimate (R$ 119,90), reunindo um vasto catálogo de jogos para diversas plataformas, mas agora com novos desafios quanto à aceitação do público e ajustes necessários para manter o serviço competitivo e atrativo.