Diretor de novo Matador de Aluguel critica streaming e afirma boicote; saiba mais
Nesta quinta-feira (25), o Prime Video divulgou o primeiro trailer do novo filme Matador de Aluguel, remake do clássico do final da década de 80. Protagonizado por Jake Gyllenhaal e dirigido por Doug Liman, o diretor criticou a estreia do longa somente no streaming.
Previsto para chegar ao serviço por assinatura da Amazon no próximo dia 21 de março, em carta enviada ao Deadline, Liman afirmou que não estará presente na estreia do filme na abertura do festival de cinema SXSW.
Confira a declaração de Doug Liman
De acordo com Liman, que produziu o longa por meio da MGM — comprada recentemente pela Amazon —, ele iria protestar silenciosamente contra a decisão da Amazon de lançar o título somente no streaming. Segundo ele, o filme é claramente feito para as telonas: “Se eu não levantar a voz sobre isso, quem irá?”, iniciou.
Na sequência, o profissional responsável por filmes como A Identidade Bourne (2002) e Sr. & Sra. Smith (2005) foi mais incisivo acerca do modelo de lançamento direto no serviço de streaming.
“Ao contrário das declarações públicas, a Amazon não tem interesse em apoiar cinemas. A Amazon transmitirá exclusivamente Matador de Aluguel no Prime Video. Eles pediram a mim e à comunidade cinematográfica que confiássemos neles e em suas declarações públicas sobre o apoio aos cinemas, e então eles se viraram[…]”, prosseguiu o diretor.
Vejo outros pontos destacados pelo diretor
Ainda no longo comunicado, Liman destacou que Matador de Aluguel é um filme pensado para o cinema, bem como pontuou questões acerca do impacto para os atores em premiação, bem como o comercial em bilheteria.
“Se não colocarmos filmes de ‘impacto’ nas salas de cinema, não haverá salas de cinema no futuro. Sem salas de cinema, não teremos os sucessos comerciais de bilheteria que são as locomotivas que permitem aos estúdios apostar em filmes originais e novos diretores. Sem salas de cinema não teremos estrelas de cinema”, relatou.
Apesar das críticas, o diretor afirmou não se opor aos serviços de streaming: “Mas oponho-me que a Amazon destrua a MGM e o seu negócio teatral”. Por fim, ele destacou que as decisões podem não ter um “culpado humano”, mas manteve sua posição em defesa dos títulos terem sua exibição nos cinemas.
Imagem: Reprodução/Amazon Prime Video