Criador de famoso jogo diz ser a favor da pirataria e explica o motivo

Enquanto grandes corporações utilizam sistemas como o Denuvo para combater a pirataria, alguns desenvolvedores independentes têm uma abordagem diferente. Arsi “Hakita” Patala, criador de Ultrakill, afirmou publicamente que, em certas circunstâncias, não se opõe à pirataria de seu jogo.

Desenvolvedor explica como pirataria o ajudou

No último domingo (2), Hakita explicou que, embora seja crucial apoiar financeiramente os jogos independentes sempre que possível, a cultura não deve ser acessível apenas para aqueles que podem pagar por ela. “Ultrakill não existiria se eu não tivesse tido fácil acesso a filmes, músicas e jogos enquanto crescia”, declarou.

Para Hakita, uma cópia pirata do jogo não significa necessariamente a perda de uma venda. Ele acredita que a pirataria pode ajudar a promover o título e que, na pior das hipóteses, a pessoa que pirateou o jogo provavelmente não teria condições de comprá-lo de qualquer maneira.

Patala não está sozinho nessa visão. Em 2019, David Szymanski, desenvolvedor de Dusk, expressou uma opinião semelhante sobre a pirataria. Black Tabby Games, estúdio responsável por Slay the Princess, até permitiu o uso de cópias não originais para evitar spoilers do final do jogo.

Estúdios independentes como Running With Scissors, criadores da série Postal, reconhecem que a pirataria pode aumentar a popularidade de seus jogos. No entanto, eles destacam a importância do apoio financeiro dos jogadores para a continuidade do desenvolvimento de novos projetos. “Desenvolvedores independentes só conseguem criar coisas inovadoras e novas com apoio financeiro”, afirmaram em junho de 2023.