Ciência refuta fala de Lula sobre jogos influenciarem violência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma declaração no dia 18 de abril durante um evento realizado em Brasília dizendo que os jogos eletrônicos podem estimular a violência em crianças.

Entretanto, diversos estudos científicos já provaram que a relação entre os dois não é fundamentada. Venha entender mais sobre o caso agora. 

Declaração de Lula sobre jogos 

Em um evento realizado em Brasília na terça-feira, 18 de abril, sobre as ações do governo para conter a violência nas escolas, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso que chamou a atenção da comunidade gamer.

Durante sua fala, o presidente diz: “Não tem jogo, não tem game falando de amor, não tem game falando de educação. É game ensinando a molecada a matar”.

Lula ainda completa com: “Pode ser que tenha alguma exceção, mas eu duvido que não tenha um moleque de 8 anos, 9 anos, 12 anos, que não esteja habituado a passar grande parte do tempo jogando essas porcarias”.

O discurso completo pode ser assistido a seguir. A fala sobre os games começa em 2:29:33:

O problema é que essa relação não tem embasamento e já foi refutada pela ciência. Um estudo feito pelo Oxford Internet Institute, da Universidade de Oxford, declarou que não é possível estabelecer uma relação entre agressividade nos adolescentes e tempo gasto com jogos. 

O pesquisador principal, professor Andrew Przybylski, acrescentou ainda em comunicado que “apesar do interesse no tema por pais e formuladores de políticas, a pesquisa não demonstrou que haja motivo para preocupação”.

Recentemente o Brasil tem enfrentado uma série de ataques à escolas com vítimas fatais, porém a relação dos atentados com jogos eletrônicos é infundada. Nada justifica a realização de tais atos de violência. 

O Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com SaferNet Brasil, criou um canal exclusivo para recebimento de informações sobre ameaças e ataques contra as escolas. Ele pode ser acessado em https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura

Imagem: Reprodução/ Governo Federal