Apocalipse de The Last of Us pode acontecer? Fungo que inspirou a franquia realmente existe
A série The Last of Us, produzida pela HBO, trouxe à tona uma intrigante discussão sobre fungos e suas capacidades, inspirada por um fungo real chamado Cordyceps. Na ficção, um apocalipse é desencadeado por um fungo que controla mentes humanas, transformando pessoas em zumbis. Embora essa ideia seja fascinante, a realidade dos fungos é bem diferente, mas não menos interessante.
O Cordyceps, que inspirou a série, é um fungo que realmente existe e é conhecido por infectar insetos, especialmente formigas. Ele é capaz de manipular o comportamento desses insetos, levando-os a locais onde o fungo pode se espalhar mais facilmente. Apesar de sua capacidade de controlar insetos, não há evidências de que o Cordyceps possa afetar humanos da mesma forma.
Como os fungos de The Last of Us funcionam?
Os fungos dos gêneros Cordyceps e Ophiocordyceps são mestres em parasitar insetos. Eles invadem o corpo do hospedeiro, controlam seu sistema nervoso e o levam a um local elevado. Nesse ponto, o fungo cresce e libera esporos, garantindo sua propagação. Este processo, embora assustador, é uma parte natural do ecossistema, ajudando a controlar populações de insetos.
Esse comportamento foi retratado em documentários como Planet Earth, da BBC, onde formigas infectadas são mostradas sendo manipuladas pelo fungo. A natureza tem seus próprios mecanismos de equilíbrio, e os fungos desempenham um papel crucial nesse processo.
Embora o cenário apocalíptico de The Last of Us seja ficção, os fungos não são completamente inofensivos para os humanos. Algumas espécies, como o Cryptococcus, podem causar infecções graves, especialmente em pessoas com sistemas imunológicos comprometidos. Essas infecções podem afetar o sistema nervoso central, mas não da maneira dramática apresentada na série.
Os fungos também estão se adaptando a temperaturas mais altas, o que pode aumentar seu potencial patogênico. A Candida auris, por exemplo, é um superfungo que tem preocupado profissionais de saúde devido à sua resistência a medicamentos.