Site do Cartoon Network tem operações encerradas no Brasil
A Warner Bros. Discovery tomou uma decisão abrupta que pegou muitos de surpresa: todo o conteúdo do Cartoon Network foi tirado do ar. Agora, ao tentar acessar o conteúdo, os usuários são direcionados a uma página do Max, o serviço de streaming por assinatura da Warner, incentivando a assinatura para continuar assistindo seus programas favoritos.
De acordo com a mensagem que aparece na página do Max, “Procurando episódios dos seus programas favoritos do Cartoon Network? Confira o que está disponível para transmissão no Max (assinatura necessária)”. Isso deixou muitos fãs confusos e preocupados sobre o futuro dos seus shows queridos.
Por que a mudança para a Max?
Um porta-voz do Cartoon Network esclareceu à Variety: “Estamos nos concentrando nos programas do Cartoon Network e nas mídias sociais, onde achamos que os consumidores estão mais engajados e há um potencial significativo de crescimento.” Ele também mencionou que na TV linear, o Cartoon Network continuará a oferecer 11 horas de programação diária, das 6h às 17h.
Em um anúncio recente, a Warner Bros. Discovery informou que o valor de seus canais de televisão é de US$ 9.1 bilhões a menos do que a estimativa inicial. Na pior situação durante a quinta-feira (8), uma ação estava valendo apenas US$ 6.73, o valor mais baixo na história da empresa. Para efeito de comparação, o ponto mais baixo anterior foi de US$ 6.94, com valor de fechamento mais baixo sendo US$ 6.99. Essa desvalorização já acumulava 34% no comparativo ano-a-ano.
Impactos da desvalorização
Segundo a auditoria interna, o erro na avaliação do valor dos canais levou a Warner Bros. Discovery a um prejuízo líquido de US$ 10 bilhões no segundo trimestre de 2024. A empresa atribuiu essa queda à “diferença entre capitalização de mercado e valor contábil” causadas por um mercado de publicidade fraco nos EUA e incertezas futuras em acordos de transmissão, especialmente envolvendo direitos da NBA.
Recentemente, a Warner Bros. Discovery perdeu os direitos de transmissão da NBA. A partir da próxima temporada, os jogos não estarão mais disponíveis no canal TNT, que pertence à WBD. Atualmente, a empresa está processando a NBA na tentativa de recuperar esses direitos, alegando que igualou a oferta do Prime Video, que assumiu a transmissão.
Durante a teleconferência de resultados, o CEO da WBD, David Zaslav, afirmou que as avaliações de mercado de dois anos atrás, quando as empresas se fundiram, eram “bem diferentes de hoje”. Ele destacou a necessidade de reconhecer essa mudança para alinhar melhor a empresa com seus objetivos futuros. O CFO Gunnar Wiedenfels também comentou sobre a magnitude do prejuízo, mas insistiu que isso representa uma mudança de valor em direção ao streaming, setor que a empresa ainda acredita ter um forte impulso.