Dono da EA entra em crise financeira e pode fechar estúdios

O Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF) enfrenta uma crise financeira grave, com fluxo de caixa negativo, logo após anunciar a aquisição da Electronic Arts (EA) por US$ 55 bilhões em setembro de 2025, levantando temores de fechamento de estúdios, demissões em massa e cancelamento de projetos na indústria de games.

De acordo com reportagem do The New York Times, o PIF gasta mais do que arrecada, agravado por investimentos bilionários em infraestrutura como a cidade futurista Neom e resorts com robôs, além de limitações na produção de petróleo por pressões ambientais e econômicas, forçando a paralisação de novas aquisições nos próximos meses.​

A compra da EA, dona de franquias como FIFA (agora EA Sports FC), Battlefield e The Sims, ainda não foi oficializada e depende de aprovações regulatórias nos EUA e outros países, com conclusão prevista para 2027; no entanto, o cenário instável do PIF pode comprometer o negócio ou levar a cortes drásticos pós-aquisição, impactando estúdios como Respawn e BioWare.

O fundo também controla a SNK, Scopely (com Niantic de Pokémon GO) e tem participações na Nintendo e Take-Two, ampliando os riscos para o setor, especialmente com senadores americanos como Blumenthal e Warren alertando sobre influência saudita em narrativas culturais via games.​

Representantes do fundo negam acusações

Representantes do PIF, como Marwan Bakrali, negam as alegações, afirmando reservas de US$ 60 bilhões em caixa e instrumentos líquidos, mas conselheiros internacionais confirmam a estratégia de contenção para evitar prejuízos em 2026. A EA garantiu que o PIF não interferirá criativamente em seus jogos, mas o mercado observa se isso se sustenta em meio a dívidas e pressões geopolíticas, com o negócio podendo transformar a publisher em privada e alterar sua transparência.​